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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Encurralado.

O começo, a razão. Veio logo cedo, a razão dos meus batimentos cardíacos. 
Bem no começo. A razão da minha vida, tão cedo, a descobri.
Através de estágios psicológicos e emocionais dolorosos.
Tendo isso nas mãos, tão cedo, sinto como se tivesse tudo.
Amigos que ganhei, amigos que perdi, amigos que tenho.
Amores que tive e amores que perdi, amor que tenho, ou não tenho.
Sentimentos que ganhei, que perdi, ou os deixei.
Vitórias, derrotas, empates, desistências.
Tudo vai, tudo vem, tudo fica, tudo se perde, tudo se ganha. 
Tudo. Como uma tsunami silenciosamente afoga uma cidade na madrugada de um dia qualquer.
A cidade se foi, sem se dar conta.
As coisas que vão e vem, as coisas que sinto e tenho, vem e vão, como se nunca tivessem estado comigo.
Lamentos, arrependimentos, glórias, orgulhos!
Misturados dentro de uma caixa densamente confusa, superficialmente compreendida por todos.
Mesmo que eu a compreenda, ainda assim não sei lidar.
É assim que vejo meu coração.
A primeira vez em que se abriu, ficou marcada.
Uma lembrança, que será lembrada eternamente.
Por entre esperanças, medos, expectativas boas e ruins, e confusão.
Algo ainda permanece nas memórias de um coração.
E desde esse começo, não importa o fim que eu chegue.
Os finais das atitudes que tomo, dos sentimentos que senti por outros.
O começo e o final das amizades,
O começo e o final das fases da minha vida.
No final de tudo isso, sempre me pego de repente no ponto de partida.
Sentado no mesmo carro, no mesmo banco, com a mesma carona.
Não importa por qual caminho eu dirija, e quais as pessoas que ponho e tiro do carro.
No final, começa tudo novamente, no mesmo carro, com a mesma carona, com você.
Desde então sinto como se meu coração estivesse quebrado,
Por todos os sofrimentos e desafios, superados ou não.
Toda força que faço para que viva, o machuca, o faz sofrer, mas não o faz parar.
Como alguém que continua a correr sob uma tempestade de navalhas,
Este coração continua a bater, mesmo tão quebrado.
As vezes desconfio que na verdade tenha sido roubado.
O fato, é que após tudo que passo na vida, que começa ou termina,
No final... 
Sempre começo com o que veio e nunca se vai, nunca se foi, nunca começa, nunca termina.
Está sempre constante.
Sinto que só e somente isso me basta para viver.
Do nada sendo abandonado por tudo, ou abandonando tudo,
A Justiça, o meu amor por Deus, e o meu amor por você,
Em meio a rotina de vida sufocante e destruidora.
Deprimente, desafiante e turbulenta.
Minha cabeça, meu coração, minha paz, retornam novamente para
A Justiça, o meu amor por Deus, e o meu amor por você.
Como se meu coração não tivesse muita força para tentar viver o futuro por completo.
Como se eu não tivesse muita força, para tentar arrastar alguém para um novo começo.
Me sentindo responsável, pelas pessoas que gostei e pelos sentimentos que tive e deixei para trás.
Mas ao mesmo tempo me sentindo em paz, e acomodado com,
A Justiça, o meu amor por Deus, e o meu amor por você.
Apesar de tudo, sendo fraco, ou ignorante, essas três coisas,
São o que sustenta a minha vida, a minha emoção, a minha alma, o meu sonho.
Essas três coisas, fazem o resultado da vida ser independente,
Enquanto eu as tiver sinto que tudo terei, mesmo que realmente eu não te tenha.
Assim, superficialmente me sinto feliz.
Pensando em tudo isso, as vezes me sinto covarde.
Covarde por ter me acomodado com as memórias de um passado, e com esse sentimento constantemente não correspondido.
Nesses instantes de reflexão, meu coração pulsa mais fervorosamente!
Com um desejo de aço de sair dessa e procurar por uma outra carona!
A coragem vem como um furacão em chamas, fazendo a Justiça ir além do meu amor por Deus, e por você.
Meu coração quebrado, procura por alguém que possa consertá-lo reconhecendo que não se fixará sozinho.
E no meio dessas procuras vãs, tentativas vãs, e encarando um medo surpreendente como se não fosse nada,
O meu coração consciente se cansa de tentar mudar sozinho.
Aí eu paro com o meu carro para reabastecer o combustível, e descansar meu coração, 
Que sozinho vem lutando para criar um futuro com alguém.
Nesse instante, sinto como se fosse o final, e sinto tudo começando novamente.
E no final, um começo. Rumo à um final, que começa novamente.
Tiro um cochilo no posto de gasolina, enquanto meu coração vai sendo reabastecido.
Quando acordo, estou no mesmo carro, com a mesma carona no ponto de partida.
E para ser sincero, não me sinto tão ruim, é até gostoso.
Ver que você, o começo e final de tudo está de novo do meu lado como uma lembrança,
Como viver um dia repetidamente até o fim da minha vida.
Então me sinto satisfeito por conhecer você, e por ter você dentro do meu coração.
Totalmente satisfeito.
Tendo percursos, fases da vida diferentes, mas sempre retornando a esse mesmo ponto, me sinto satisfeito.
Mesmo sendo algo tão lindo, tão bonito de se viver.
Me refiro a esse amor que meu coração viveu, e que ainda vive, de certa forma.
Ainda assim, não me sinto totalmente realizado.
Embora tenha um sonho solidário e uma determinação de aço,
Sinto que pelo meu sonho, que é a razão da minha vida, posso viver eternamente.
Sem precisar de amar outro alguém, ou de queimar esse antigo amor.
O meu sonho, me mantém vivo, e só ele pode matar-me. 
É o meu propósito na vida, meu objetivo.
Mas em um canto sufocado e oprimido do meu coração, ele clama por outro amor.
E mas sufocado e oprimido ainda em um canto dentro desse canto, ele uiva e clama, por somente um amor.
O seu. 
Independente da época da vida em que estou, que estive, que vem e vai.
Dos ideais que amadureço, das coisas que eu aprendo, dos meus defeitos, dos meus erros.
Independente, do tempo que passe.
Tendo tudo isso em mim, uma familia, uma casa, um teto, um travesseiro, um lençol, almoço e janta, e esse amor.
Ainda não me sinto feliz, e sinto meu coração totalmente quebrado.
Porque?


...
Dedicado a alguém especial. :)

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